— Robin! — Allen cumprimentou a irmã com um sorriso radiante.
Toda vez que via a irmã, Allen tinha vontade de criticar os animadores. A pele dela era branca como a neve, mas os desenhistas pareciam ter perdido a cabeça ao representá-la.
— Irmão! — Robin respondeu com voz doce. — Está na hora de irmos para casa, já está ficando tarde.
— Certo! — Allen caminhou até ela, segurou sua mão e perguntou: — Robin, você estudou bastante hoje?
— Sim! — Ela acenou obedientemente. — Quero me esforçar para me tornar uma arqueóloga como o Dr. Trevo e os outros.
— Arqueóloga, hein? — Allen suspirou, mas manteve o sorriso. — Se é isso que você quer, então se dedique ao máximo. Não pode vacilar, combinado?
— Combinado! — Robin afirmou com determinação, balançando a cabeça de modo fofo. — Pode confiar em mim, irmão, não vou relaxar!
— Hahaha! — Allen afagou a cabeça da irmã, comovido. [Que criança adorável...]
[Eu não vou permitir que a história original se repita!] Seus olhos brilharam com firmeza. A infância trágica de Robin, onde ela não confiava em ninguém? Jamais! Ele não deixaria aquilo acontecer de novo.
E mais: Allen também não permitiria que sua mãe morresse. Mesmo sendo uma mulher quase ausente, que só aparecia uma ou duas vezes por ano, ela ainda era sua mãe. Ele a protegeria, custasse o que custasse.
— Irmão? — Robin inclinou a cabeça, curiosa. — Está tudo bem?
— Tudo ótimo! — Ele riu baixinho, pegando a irmã no colo. — Só estava pensando no que vamos comer no jantar.
— Hum... — Ela colocou o dedo no queixo, pensativa. — Tem tanta coisa que eu quero!
Rindo, os dois seguiram para casa.
À noite, depois de colocar Robin para dormir, Allen saiu do quarto num salto. Um vórtice de sombra o envolveu, transportando-o instantaneamente para o porto.
— Hmm? — Seus olhos se estreitaram ao avistar algo suspeito. — Navios da Marinha?
[Então o Governo Mundial já está de olho em Ohara...] Ele calculou mentalmente. [Pelo que me lembro, a prova do doutorado da Robin é daqui a dez dias. Se já estão vigiando, preciso me preparar.]
Considerou a possibilidade de evacuar a ilha, mas descartou a ideia. [O Dr. Trevo nunca aceitaria fugir. Então... é melhor eu agir antes.]
[Será que aquela garota já descobriu a verdade?] Murmurando para si mesmo, Allen se dissolveu nas sombras novamente, reaparecendo em uma cidade próxima.
Frutópolis era um lugar próspero, famoso por suas plantações de frutas — um recurso valioso na Era dos Piratas. Mas, como sempre, riqueza atraía corrupção. Sua meta era uma jovem de 13 anos, órfã e sob os cuidados de um tio "generoso".
[Se ela perdoar o tio depois de descobrir que ele matou os pais dela e roubou a herança...] Allen sorriu ironicamente enquanto se aproximava da casa. [Então eu desisto de ativar a Pedra Demoníaca e foco só em treinar.]
[Se o povo desse mundo consegue engolir traição assim...] Ele revirou os olhos. [Então eu perdi. Aceito a derrota!]
CAPÍTULO 3: BESTA SOBRENATURAL? LONGE DISSO! ISSO SE CHAMA GAROTA MONSTRO!
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— AAAAH!!!
— Por quê?
— Por quêêê?!
— AAAAAH...
O grito dilacerante da jovem parecia ter convocado a própria natureza. Em resposta à sua agonia, uma tempestade violenta irrompeu, com chuva torrencial e ventos uivantes que ameaçavam apagar todos os outros sons.
Mesmo com as roupas esfarrapadas, era impossível ignorar sua beleza frágil. Seu rosto estava marcado por uma dor profunda, aquele tipo de desespero que vem quando a pessoa descobre que foi traída por quem mais confiava.
— Como puderam...?
Ela não queria acreditar. Recusava-se a aceitar que sua própria família adotiva fosse responsável pela ruína de seus pais. Mas as evidências estavam ali, incontestáveis, e por mais que lutasse contra a verdade, não havia escapatória.
— AAAAH!
— POR QUÊ?!
Seu grito ecoou na escuridão, tão intenso que formou quase uma aura sombria ao seu redor.
Nas sombras, observando tudo com um sorriso satisfeito, estava Alen.
— Desespero...
— Escuridão pura...
— Finalmente!
Ele riu baixinho, os olhos brilhando de excitação.
— O destino acabou me abençoando. Clichê? Talvez. Mas nada quebra uma pessoa melhor do que a traição de quem ela mais ama. Se isso não trouxesse escuridão ao seu coração, eu desistiria de vez.
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