**Capítulo 1: Alterando as Notas de Rodapé – O Terceiro Irmão Começa Cozinhando... Coisas Estranhas**
São muitos os que nascem com sorte, mas nem todos têm a sorte de renascer. Bai Yu, no entanto, conseguiu. Em Vilarejo da Alma Sagrada, ele descobriu que havia sido transportado para um mundo estranho.
Ele possuía o pacote básico do protagonista: órfão, casa vazia e zero finanças.
Mas pelo menos o sistema havia chegado.
*[Ding! Parabéns por vincular-se ao Sistema de Alteração de Texto. Você pode modificar as notas de rodapé para influenciar a trama. Modificações iniciais disponíveis: três básicas, uma simples.]*
— Mudar as notas de rodapé e alterar a história? — Bai Yu quase saltou de alegria. — Isso é divindade em nível conceitual!
Ele respirou fundo para se acalmar.
— Sistema, você é poderoso, mas deve ter limitações, certo?
[*Sim. Eu avisarei conforme as situações surgirem.*]
Sem perder tempo, Bai Yu esfregou as mãos.
— Manda logo uma situação pra eu testar!
[*Situação atual: Bai Yu, de seis anos, está em casa, sem um tostão no bolso.*
*Nota: Você pode alterar "seis" para "oito" ou "estar em pé" para "sentado".*
*Nota: Modificações básicas permitem alterar uma palavra. Modificações simples, duas. Funcionalidades extras ainda estão bloqueadas.*]
Bai Yu sorriu maliciosamente. Uma modificação básica bastava.
Ele trocou "sem" por "cheio".
O sistema ficou em silêncio.
[...]
Como assim "cheio de tostões no bolso"?
— Sistema, não me abandone agora!
Enquanto falava, barulhos altos ecoaram do banheiro. Bai Yu correu e ficou boquiaberto: a banheira estava transbordando... de moedas de ouro.
Uma fortuna literalmente em seu banheiro.
— Então *isso* é estar cheio de tostões...
O sistema finalmente respondeu:
*[Modificação concluída. +1 ponto.]*
*[Cada modificação bem-sucedida concede pontos. 1 ponto = 1 modificação básica. 10 = 1 simples. 100 = 1 intermediária. 1000 = 1 avançada. Pontos também podem ser trocados por caixas-surpresa.*
*Três modificações básicas gratuitas são reiniciadas à meia-noite.*]
Bai Yu perguntou rápido:
— Qual a diferença entre os tipos de modificação?
*[Escala. Modificações básicas têm menor impacto e não alteram poder diretamente. As outras amplificam o efeito.*
*Para desbloquear mais funções, eu preciso evoluir. Quanto mais distante sua modificação estiver do original, mais EXP eu ganho.*]
Bai Yu coçou o queixo.
— Então... quanto mais absurdo, melhor?
Ideias malucas pipocaram em sua mente, mas foram interrompidas por batidas na porta. Ele cobriu a banheira com um pano e atendeu. Era o velho Jack, o líder do vilarejo.
— Bai Yu, hoje é o dia do despertar dos espíritos marciais. Venha comigo.
— Obrigado, vovô Jack!
Atrás de Jack, Tang San espiou. Bai Yu acenou.
— E aí, terceirão!
O Bai Yu original era um cara alegre e bem-relacionado. Tang San apenas acenou de volta enquanto seguiam para chamar as outras crianças.
Foi quando Bai Yu conferiu o sistema:
[*Tang San preparou um mingau para Tang Hao e seguiu com Jack para o despertar.*]
O sistema atualizava constantemente, permitindo que Bai Yu modificasse quando quisesse.
Jack reuniu todas as crianças, mas então...
— TRAIDOR! EU VOU TE MATAR!
Tang Hao avançou como um touro enraivecido, o martelo de ferreiro em punho. Tang San, perplexo, se escondeu atrás de Jack.
— O que há de errado com você, Tang Hao?! — Jack protegeu Tang San, indignado.
Tang Hao tremia de raiva.
— Esse FILHO DA MÃE... me serviu uma tigela de... de...
Jack franziu a testa.
— Mingau é pouco pra você? Seu filho tem seis anos e cuida de você sozinho! Você algum dia pensou nele?
— VOCÊ NÃO ENTENDE NADA! — Tang Hao berrou. — O TRAIDOR ME SERVIU UMA TIGELA DE **MERDA**!
Silêncio.
Jack coçou a orelha, incrédulo. As crianças congelaram. O próprio Tang San olhou para o pai como se ele tivesse enlouquecido.
Tang Hao rosnou:
— Não acredita? VENHA VER!
Todos foram até a casa dos Tang. No fogão, havia uma tigela com...
— *BLEH!*
Jack quase vomitou. Ele olhou para Tang San com horror.
— O que foi *ISSO*, garoto?!
— Santian, o que foi isso que você fez? Por pior que o Tang Hao seja, ele ainda é seu pai. Como você pôde... como pôde...
A voz dele sumiu, engasgado de raiva.
[O sistema: Puta merda, você tem estômago hein? Não só fez um "mingau especial", como ainda cozinhou e serviu na vasilha com todo cuidado...]
O velho Jack ficou enjoado só de imaginar o pequeno Santian diante do fogão, preparando aquela... iguaria.
Santian estava pálido. Ele ainda não sabia que Tang Hao era um Titã Espiritual, mas sentiu o assassinato no ar e caiu de joelhos.
— Pai, eu juro que era só um mingau normal! Não sei como ficou assim!
Tang Hao tremia de raiva, os bigodes sacudindo:
— Mentira descarada! Quer dizer que eu sou tão burro assim?!
— Não, pai, não é isso! Mas eu realmente não entendo o que aconteceu! — Santian choramingou, desesperado.
O velho Jack, comovido com a expressão aflita do menino, interveio:
— Tang Hao, o garoto não tem cara de fazer uma coisa dessas. Deve ter sido outro...
— Outro? Então fui eu?! — rosnou Tang Hao.
Foi aí que Bai Yu, que observava tudo, deu seu palpite:
— Tio Tang Hao, pode ter sido algum bicho que invadiu a casa. Comeu o mingau e... deixou um presente.
Jack bateu na coxa, animado:
— O Bai Yu tem razão! Você estava dormindo feito pedra, Tang Hao. Qualquer bicho podia entrar sem você notar!
Santian agarrou a desculpa como um afogado se agarra a um pedaço de madeira:
— Isso, pai! Com certeza foi isso!
Tang Hao, ouvindo os três, começou a se acalmar. Mesmo sendo um Titã Espiritual, ele realmente estivera dormindo - e sem usar sua energia espiritual. Não tinha como saber.
— Tá bom... — resmungou, olhando para Santian. — Agora limpa essa bagunça.
Jack aproveitou para lembrar:
— Tang Hao, hoje é o dia do Despertar Espiritual...
— Hum! Ir mais cedo ou mais tarde muda alguma coisa? — Tang Hao revirou os olhos, abanando a mão com desdém. — Alguns minutos vão fazer o poder dele melhorar?
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