Tradução pronta The Beginning of the Heaven-Covering Son of Luck / O Início do Tremor do Céu: Tornando-se o Filho da Sorte: Capítulo 3

Com tantos recursos em mãos, embora Qin Tian preferisse ser cauteloso e não elevar seu nível de forma forçada, isso não significava que não os usasse para outras coisas, como aprimorar seu físico com a essência vital contida neles.

Claro, ainda estava longe de ser um corpo sagrado ou divino, mas em comparação com um corpo comum, a diferença já era notável.

— Tsc, que fraco para alguém do nível Fonte da Vida! — Qin Tian zombou.

— Você está pedindo para morrer! — O homem robusto da Fonte da Vida ficou furioso, seus olhos lançando feixes de fria fúria, como se já estivesse enxergando Qin Tian como um cadáver.

De seu Mar de Sofrimento, ele retirou um pequeno selo antigo e desgastado, brilhante como se irradiasse feixes verdes de luz.

Num instante, o selo voou, aumentando de tamanho rapidamente enquanto descia sobre Qin Tian com uma pressão esmagadora, carregando o peso das eras.

— Meu Deus, isso é uma arma lendária! — um espectador comentou.

— Inacreditável! Forjar padrões divinos em uma arma... Nem mesmo alguns cultivadores das Cavernas Celestiais conseguem fazer isso.

Sob a sombra do selo, que agora se assemelhava a uma pequena montanha, Qin Tian ergueu os braços como se fosse sustentar o céu, resistindo à pressão avassaladora. Seus pés afundaram no solo rachado como se uma montanha de verdade houvesse caído sobre ele.

— Caramba, ele está segurando!

— Um cultivador do Mar de Sofrimento, resistindo a uma arma? Isso é impossível! — outro espectador exclamou.

[Um confronto entre fracotes...]

— Ainda não acabou! — o homem robusto riu friamente.

De sua Fonte da Vida turbulentas surgiu uma espada negra e sem brilho, mais parecendo um pedaço de ferro irregular. Era óbvio que a arma ainda não estava completamente refinada.

Mas, pelos raios sombrios que irradiava, era evidente que mesmo assim era perigosa — o metal brilhante poderia cortar ferro como se fosse manteiga.

A espada voou em direção a Qin Tian numa velocidade assustadora.

Ele baixou a cabeça, aparentemente esmagado pelo selo, mas na verdade, era só para esconder certas anomalias.

Seus olhos refletiram sua própria imagem enquanto um fragmento nebuloso do fluxo do tempo se envolvia em seu corpo. Sua energia divina se agitou, transcendendo os limites do Mar de Sofrimento.

— Levanta! — Qin Tian rugiu.

Com uma força capaz de arrancar montanhas, ele ergueu o selo e o arremessou para longe.

Em seguida, fitou friamente a espada que vinha em sua direção. Seus pés brilharam com um resplendor divino, e num chute no ar, ele a mandou voar.

Movendo-se rápido como um raio, Qin Tian derrubou o homem robusto e começou a desferir golpes implacáveis, cada soco ecoando como um tambor.

Pancada após pancada, sua raiva se manifestava até que o brilho protetor do adversário se esfacelou, e os punhos de Qin Tian encontraram carne. O ar se encheu de gritos de dor.

Aqueles que esperavam ver Qin Tian morto agora olhavam incrédulos.

O que estava acontecendo? Como a situação tinha se invertido? Por que era o homem robusto quem estava apanhando?

Qin Tian soltou um longo suspiro, sentindo como se um peso tivesse saído de seu coração.

— Se eu te pegar roubando minérios de novo, vou te bater toda vez que te ver! — ameaçou. — Até deixar você aleijado!

— Nossa, como pode haver tanta diferença entre dois do mesmo nível? — um velhote murmurou, surpreso.

O Qin Tian que ele conhecia, sempre tão quieto, agora parecia outra pessoa.

Três anos trabalhando juntos, e ele nunca havia percebido quem Qin Tian realmente era.

Ele saiu da mina com sua cesta nas costas.

— O que isso tem a ver comigo, afinal? — o velhote balançou a cabeça, curvando-se para pegar sua própria cesta antes de seguir Qin Tian, cambaleando.

Os outros trabalhadores se afastaram, evitando o olhar do jovem. Para eles, aquele menino de onze ou doze anos era muito mais perigoso do que o homem da Fonte da Vida.

Ao passar pela cesta de minérios roubados, Qin Tian parou.

Todos pensaram que ele a reivindicaria como butim de guerra, mas ele apenas disse friamente:

— Peguem seus minérios de volta.

Os trabalhadores hesitaram, mas logo se empolgaram, avançando como um enxame.

— Esse é o meu!

— Não, esse aqui é meu!

— Formem fila, um de cada vez! — a voz de Qin Tian cortou o burburinho.

Imediatamente, todos se organizaram, cada um pegando apenas um minério.

Aos poucos, até mesmo aqueles que não haviam sido roubados se juntaram à fila. Em pouco tempo, a cesta ficou vazia.

O homem robusto, segurando o rosto machucado, choramingou:

— Não... Esses minérios eram meus...

— Não são mais — Qin Tian respondeu sem pena.

Sem opção, o homem voltou para a mina com seus subordinados. A Terra Sagrada Yaoguang não era lugar para piedade. Embora as regras evitassem assassinatos, quem não cumprisse suas cotas diárias seria espancado sem misericórdia.

Qin Tian até que tinha sorte — conseguia terminar seu turno de oito horas sem problemas.

Quando o homem robusto retornou ao túnel, zombarias surgiram:

— Ei, Minhoca, o que aconteceu? Parece que alguém te arrumou, hein?

— Isso? Foi um acidente — ele resmungou.

— Ah, sim, claro... "Acidente". Acho que alguém te deu uma lição, não foi? — alguém riu.

— Fanfarrão de Fonte da Vida... tomou uma surra de um novato!

De repente, uma presença autoritária ecoou pelo túnel:

— O que está acontecendo aqui? Mal chegamos à mina principal e já estão causando confusão?

— Chefe!

— Chefe!

O recém-chegado era ainda mais imponente que o homem robusto, e sua aura transbordava de energia divina. Ele estava claramente no nível Ponte Divina.

Seus olhos cortantes percorreram o grupo.

— Parece que esses velhos e aleijados precisam de uma lição de respeito.

O clima ficou tenso, mas nesse momento um capataz surgiu, gritando:

— Ei! O que é essa aglomeração? Voltem a trabalhar!

Os valentões se dispersaram rapidamente, pegando suas picaretas e fingindo trabalhar. Por mais durões que fossem, ninguém ousava desafiar a Terra Sagrada Yaoguang.

Enquanto isso, Qin Tian já planejava sua revolta.

Mas ele não queria apenas escapar da mina. Ele queria muito mais.

Depois de terem feito ele sofrer tanto, era justo que pagassem um preço...

Do outro lado, o Mestre Qin — ou Qin Tian, como era mais conhecido — saiu da mina de fonte após um longo dia de trabalho. No céu, o Espelho Yaoguang flutuava, lançando raios de luz sagrada que atravessavam o vazio e revelavam os segredos do corpo humano.

Os olhos de Qin Tian tremeram levemente. Naquele momento, o tempo pareceu parar.

A luz do Espelho Yaoguang podia iluminar o espaço, mas não conseguia penetrar o tempo. Qin Tian havia posicionado seu domínio espaço-temporal no instante anterior — no presente, ele não carregava nada consigo. Naturalmente, o espelho não revelou nada.

Quando já estava longe, Qin Tian finalmente respirou aliviado.

Foi então que um cavaleiro, aparentemente o encarregado, bradou com voz amplificada por energia divina:

— Pagamento chegou!

A voz ecoou por toda a mina. Em segundos, uma multidão de escravos mineradores saiu das casas de pedra, cercando o capataz.

Sim, até os escravos recebiam pagamento — mensalmente.

O salário vinha em pequenos frascos de jade contendo "líquido de fonte", algo similar ao "Elixir das Cem Ervas" que Ye Fan bebera na história original. Esse líquido era extraído das pedras-fonte, condensando sua energia vital. Uma única pedra de meio quilo rendia milhares desses frascos.

Para cultivadores que mal haviam aberto o Mar da Amargura, era um suplemento valioso, até mais eficaz que o Elixir. Quem cumprisse a cota mensal recebia trinta frascos, e se a qualidade do minério fosse excepcional, ganhava ainda mais.

Isso mantinha os escravos motivados e garantia à Sagrada Terra Yaoguang um exército de capangas.

— Verdadeiramente digno de uma grande facção que sobreviveu por quase duzentos milênios — murmurou Qin Tian, impressionado.

— Nunca enfrentaram o capitalismo, mas já dominam a arte de explorar a mão de obra...

Duzentos milênios observando as mudanças do mundo, impérios nascendo e morrendo, incontáveis heróis surgindo e desaparecendo... e a Sagrada Terra Yaoguang permanecia firme. Com tanta experiência, é claro que conheciam todos os truques para controlar subordinados.

Apesar de Qin Tian ter armazenado todas as fontes especiais e divinas em seu domínio espaço-temporal, sua sorte o ajudou a extrair pedras comuns de qualidade impecável. Resultado: recebeu cento e trinta frascos de uma vez.

Segurando os frascos, ele sorriu satisfeito.

— Com o pagamento em mãos, agora posso comprar os materiais para o ritual abertamente...

Onde há gente, há interesses. E interesses envolvem não só conflitos, mas também relações.

Alguns cultivadores, conectados aos supervisores da mina, traziam suprimentos de fora e montavam um pequeno comércio temporário. Toda vez que o pagamento chegava, os escravos gastavam um pouco para aliviar o cansaço do mês. Cultivar? Isso ficava para depois...

Observando os mineradores entregando frascos e entrando ansiosos em certas casas de pedra — de onde vinham sons sugestivos — Qin Tian não reagiu. Homens geralmente gastavam com apenas alguns tipos de coisa.

O vendedor, contando seus frascos, brincou:

— Ei, garoto, já está crescidinho. Não quer se divertir um pouco?

Qin Tian abanou a cabeça, impassível.

— Não. Trouxe o que eu pedi?

O homem franziu a testa.

— Não entendo. Recebe o pagamento e em vez de cultivar ou se divertir, gasta com essas coisas? Inacreditável...

Qin Tian permaneceu em silêncio. Aqueles itens eram essenciais para seu ritual.

Quando foi vendido para a mina, seu primeiro instinto fora escapar. Mas um iniciante no Mar da Amargura jamais venceria a segurança do local. Foi descoberto antes mesmo de tentar e jogado em uma cela escura por três dias e três noites.

Ao sair, Qin Tian jurara se tornar mais forte — mais que qualquer um.

Rememorando a trama que conhecia, lembrara-se de algo que poderia elevar seu talento: o poder da fé. Era uma via de mão dupla, beneficiando tanto o objeto de adoração quanto os devotos. Concentrado, esse poder podia até transformar ilusão em realidade.

Baseando-se nisso, ele criara um ritual para canalizar esse poder e reforçar sua sorte.

O que comprara agora era justamente o componente central do ritual. Graças a ele, Qin Tian encontrara tantas fontes especiais ao longo dos anos.

E o preço? Meros cem frascos de líquido de fonte não eram nada em comparação.

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