Tradução pronta Hong Kong General: I, Traffic Enforcement and Control Team? / RAEHK: Eu, Equipe de Controle e Fiscalização de Tráfego?: Capítulo 1

**Capítulo 1: Cantada**

Hong Kong!

Um bar em Yau Ma Tei!

— *Bum bum bum!* —

No ritmo da música alta, um homem entrou no bar. Ele usava um terno, sapatos sociais, um bigode fino e um chapéu redondo. Sua pele era pálida, quase artificial. Assim que entrou, olhou ao redor, como se procurasse algo.

Seus olhos brilharam quando avistou uma mulher sentada sozinha no balcão. Ela vestia um terno branco feminino, saia justa, salto baixo e óculos. Tinha um ar profissional e elegante, com pernas longas que chamavam atenção.

Sem hesitar, o homem se aproximou e apoiou-se no balcão.

— Um *Flame Rose*, por favor — pediu ao bartender, antes de se virar para a mulher.

Baixou a voz, tentando soar charmoso:

— Essa linda senhorita aceitaria um drink comigo? Por minha conta.

Se alguém prestasse atenção, notaria que sua voz, mesmo grave, soava estranha — quase feminina.

A mulher soltou um riso seco e revirou os olhos.

— *Tchau* — respondeu, levantando-se e indo para outra mesa, longe dele.

O homem ficou parado, esfregando o nariz, sem graça. Não podia ficar bravo só porque ela o ignorou, certo?

Foi então que ouviu uma risada atrás dele.

Virou-se e viu um jovem alto, com cerca de 1,80m, bem-vestido em um terno justo. Tinha um ar educado, mas os olhos brincalhões.

— O que foi? — perguntou o homem, irritado.

O jovem — Lâm Chính Nghĩa — sorriu.

— Tô rindo do seu jeito de cantar. Tão velho e sem graça.

Lâm Chính Nghĩa era um *transmigrante*. Em sua vida passada, fora um órfão que lutou para se formar e conseguiu um emprego em uma grande empresa de tecnologia. Tudo parecia caminhar bem, até o dia em que testemunhou um assalto.

Ele chamou a polícia, escondido, mas o criminoso percebeu. Uma facada no peito, e Lâm Chính Nghĩa morreu — mas não sem antes morder o pescoço do bandido, levando-o junto.

Ao acordar, descobriu-se em Hong Kong, em um corpo novo, com um *Sistema de Justiça Policial* que recompensava habilidades conforme resolvia crimes.

Só que as habilidades que ganhava eram... *estranhas*.

— *Mestre dos Ladrões*, *Artista Canibal*, *Químico do Crime*...

Ele olhou para o sistema e suspirou.

— *Tá de sacanagem, né?*

E, para piorar, sua primeira designação na polícia foi...

— *Grupo de Execução e Controle de Trânsito?!*

Ele olhou para o aviso de designação e quase chorou.

— *Todo mundo que vem pra esse mundo vai pra *Combate ao Crime* ou *Narcóticos*... e eu fico no *trânsito*?!*

Mas, voltando ao bar...

O homem de chapéu encarou Lâm Chính Nghĩa, desafiador.

— Ah, é? Se acha tão bom, *mostra* então!

Lâm Chính Nghĩa riu, olhando para a mulher e, depois, para dois homens suspeitos sentados perto dela — um forte, outro magro.

— Quer ver como se faz? — ele respondeu, bebendo o resto de seu drink.

— Beleza. Hoje você vai aprender *arte da cantada* — disse, batendo no ombro do homem.

— Presta atenção e *toma nota*.

E, com isso, levantou-se e caminhou em direção à mulher.

Ele se levantou e caminhou em direção à mulher.

— Hah! "Olha e aprende", é?

O homem soltou uma risada baixa, observando as costas de Lin Zhengyi com um olhar desdenhoso.

— Vamos ver o que você vai aprender!

Do outro lado do bar, a mulher também notou a aproximação de Lin Zhengyi.

Apesar de estar bebendo, ela não estava alheia ao ambiente. Afinal, mesmo em um bar mais requintado e tranquilo, sempre era bom ficar de olho. Ao ver Lin Zhengyi vindo em sua direção depois de conversar com o cara que havia tentando chegar nela, ela presumiu que eles estavam juntos.

O rosto dela já se preparava para soltar um sonoro "Vaza!" quando ele chegasse.

Mas então, algo inesperado aconteceu.

Com passos calmos e um sorriso despretensioso, Lin Zhengyi parecia prestes a puxar assunto. Só que, de repente...

— Ai, caramba!

O pé esquerdo enroscou no direito, e ele tropeçou feio, avançando desgovernado até colidir com as costas de um homem forte sentado a dois lugares de distância da mulher.

— PLOT!

Primeiro a cabeça bateu nas costas do cara, depois seu corpo inteiro desabou no chão.

A mulher não aguentou.

— Hahahaha!

O "Vaza!" que estava na ponta da língua se transformou em uma risada leve e cristalina.

Já o homem forte que levou a pancada reagiu instintivamente, a mão indo direto para a cintura, como se buscasse algo. Por sorte, seu companheiro, um tipo mais magro, agiu rápido, segurando seu pulso e sacudindo a cabeça em um alerta silencioso. O homem largou o que quer que estivesse segurando.

Lin Zhengyi se levantou, espanando a roupa como se nada tivesse acontecido. Alto e bem-construído, a queda não lhe causou mais do que um susto. Ele se virou para o homem forte, com expressão genuinamente desculpada.

— Foi mal, meu brother. Escorreguei sem querer.

O forte ficou visivelmente irritado, mas o magro interveio de novo, sorrindo e acalmando a situação.

— Relaxa, acidentes acontecem.

Lin Zhengyi, aproveitando a abertura, insistiu:

— Deixa eu pagar um drink pros dois, pra compensar.

Os dois homens ficaram levemente tensos, mas o magro manteve a fachada.

— Não precisa, sério.

— Ah, para!

Sem dar tempo para protestos, Lin Zhengyi deu um tapinha nas costas do magro e chamou o bartender.

— Dois drinks da casa, por minha conta!

— Certo, senhor! — respondeu o bartender.

O magro, agora sem saída, sorriu cortês.

— Valeu, brother.

— Nada, foi culpa minha mesmo.

Nos olhos de Lin Zhengyi, algo breve e quase imperceptível brilhou por um instante.

— Bom, não vou atrapalhar mais vocês.

E com isso, ele se afastou, deixando os dois homens trocando olhares discretamente desconfiados.

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