Tradução pronta Extreme Doomsday: I Plant a Divine Tree for Immortality / Extremo Apocalipse: Cultivo a Árvore Divina para a Vida Eterna: Capítulo 20

Capítulo 32: Aprimoramento Corporal

– Cuidado com os pés!

O local onde Huo Ying havia se escondido antes estava agora coberto por dezenas de estacas de madeira. Se o motorista não tivesse percebido a tempo, o pé de Zhang Long teria sido perfurado.

– Você vem com a gente.

Para os infectados, esse tipo de armadilha era ridiculamente simples. Mesmo que não a notassem, no momento em que pisassem nela, teriam reflexos para se desviar.

Mas Zhang Long não era um infectado. O esquadrão de expurgadores ainda precisava dele para treinar os cães de caça.

Estacas de madeira. Só estacas de madeira.

Huo Ying continuava correndo pelos becos, usando as paredes como barreiras para evitar ser capturado. A cada curva, ele deixava cair estacas como armadilhas, mas nada adiantava. Mesmo com a vantagem inicial, o motorista e o co-piloto se aproximavam cada vez mais.

Outra parede, outra curva.

O motorista e o co-piloto pularam levemente, usando a parede como apoio para se inclinarem e desviarem com facilidade da armadilha mal-feita.

Finalmente, Huo Ying saiu do beco.

Não havia mais paredes irregulares, apenas um portão maciço e bem fechado.

O motorista e o co-piloto olharam para cima. À sua frente, havia uma enorme fábrica, com uma placa ainda legível:

Centro de Pesquisa Genética Azul.

– Ele... ele foi para onde? – Zhang Long chegou ofegante, curvando-se e apoiando as mãos nos joelhos para recuperar o fôlego. Como um humano comum, ele quase confundiu Huo Ying com um infectado. Se não fosse a certeza do motorista e do co-piloto de que Huo Ying também era humano, ele jamais acreditaria.

O motorista apontou para o ponto onde o portão se conectava ao muro alto.

Havia uma árvore ali, com um tronco tão grosso que duas pessoas seriam necessárias para abraçá-lo. O tronco estava marcado por vários cortes, como se os moradores do vilarejo tivessem retirado lenha para queimar.

Mesmo assim, a árvore ainda estava viva. No topo desfolhado, era possível ver pequenos brotos verdes, prontos para crescer.

O co-piloto se aproximou e soltou uma risada desdenhosa.

– O ratinho escondeu uma escada aqui.

Uma escada de madeira estava encostada no tronco, escondida de vista a menos que alguém contornasse a árvore. A escada tinha exatamente a altura do muro da fábrica.

– Então o ratinho pulou para dentro da fábrica e está brincando de esconde-esconde?

O motorista e o co-piloto trocaram um olhar e riram.

No mundo pós-apocalíptico, fábricas eram péssimos lugares para se esconder.

Elas estavam cheias de sombras, e qualquer passo em falso podia levar alguém direto para o território dos cadáveres amaldiçoados.

Se Huo Ying encontrasse um deles, não teria para onde correr. Se tentasse evitá-los, os poucos lugares sem sombras seriam fáceis de revistar. Com a velocidade dos infectados, ele seria encontrado rapidamente.

– Fique aqui descansando. Nós vamos buscá-lo.

O motorista empurrou a escada contra o muro e subiu com agilidade, pulando para o outro lado.

– Cuidado para o ratinho não ter deixado mais armadilhas.

O co-piloto também riu, deu um único passo na escada e saltou o muro.

Whoosh.

Zhang Long finalmente recuperou o fôlego, apoiando-se no tronco da árvore enquanto observava os dois desaparecerem.

– Se apressem, não matem o desgraçado. Eu ainda quero vingar o Erhei!

Ele gritou, mas não houve resposta da fábrica.

Silêncio.

Um silêncio tão profundo que nem o vento fazia barulho.

De repente, Zhang Long sentiu um calafrio. Ele vira o motorista e o co-piloto pularem o muro, mas não ouvira o som deles aterrissando. Depois de sumirem, nenhum dos dois falou mais nada.

– Ei, vocês dois! O que está acontecendo aí dentro?

– Ei, agora não é hora de brincadeira! Vocês estão aí ou não?

A fábrica vazia nem sequer devolveu o eco da sua voz.

Impossível.

Nem mesmo o líder do esquadrão seria capaz de derrotar o motorista e o co-piloto tão rápido.

Se houvesse alguém tão poderoso no vilarejo, por que Huo Ying teria recorrido a emboscadas? Poderia ter chamado ajuda diretamente.

Além disso, eram dois infectados. Por mais forte que fosse o inimigo, era impossível que nenhum dos dois conseguisse dar um sinal de alerta. No mínimo, um deles deveria ter conseguido fugir, mesmo que gravemente ferido!

– Não, pare de pensar besteira. Eles devem estar procurando aquele filho da mãe. Não vou ficar me assustando sozinho. É só uma fábrica normal. Se os infectados não sobrevivessem aqui, como os outros moradores ainda estariam vivos?

Zhang Long respirou fundo, tentando se acalmar. Sem perceber, ele se encostou no tronco da árvore, usando-o como apoio enquanto observava a fábrica.

Thud.

Uma estaca afiada atravessou sua garganta.

Zhang Long tentou cobrir o ferimento, mas suas mãos caíram pesadas antes mesmo de se levantarem.

A árvore, que precisava de duas pessoas para ser abraçada, rachou de repente. Huo Ying saiu lentamente de dentro dela.

Ele sabia que não conseguiria enfrentar os dois infectados diretamente, então correu até a fábrica antes deles e usou sua habilidade de camuflagem na madeira para se esconder dentro da árvore. A escada foi uma isca para fazê-los pensar que ele havia pulado o muro.

Na última vez, ele quase morreu na porta da fábrica, vítima de um cadáver amaldiçoado. Dessa vez, ele usou os infectados como teste para descobrir o quão poderoso era o que habitava ali dentro.

O resultado foi aterrorizante. Dois infectados desapareceram sem emitir um único som.

– O que há dentro da fábrica? Um cadáver amaldiçoado? Uma criatura infectada? Ou algo completamente diferente?

Após dois testes, Huo Ying concluiu que devia haver algum tipo de barreira mantendo aquela presença presa. Na última vez, ele escapou sem ser perseguido depois de sair do portão. Dessa vez, mesmo estando do lado de fora do muro, nada aconteceu.

– Se for um cadáver amaldiçoado ou uma criatura infectada, deve temer o fogo do álamo.

Huo Ying acendeu um isqueiro e incendiou a árvore de álamo que criara, junto com o corpo de Zhang Long.

Whoosh.

Enquanto a árvore queimava, ele ouviu algo se afastando do outro lado do muro.

Algo dentro da fábrica estivera colado à parede, separado dele por apenas alguns centímetros. Só quando o álamo começou a arder é que a criatura recuou, produzindo um som.

— Não são zumbis. Zumbis teriam uma reação mais violenta. Dentro da fábrica, provavelmente há algo infectado — Huo Ying se afastou rapidamente, quando duas sombras negras foram arremessadas de dentro da fábrica.

— Ploft.

O motorista e o co-piloto haviam sido jogados para fora. Mas apenas suas metades superiores.

Por algum motivo, os dois ainda estavam vivos, mas seus corpos já apresentavam uma decomposição grotesca, exalando um odor putrefato. Parecia que... Não, não parecia. Eles estavam se transformando em zumbis a uma velocidade assustadora!

Huo Ying, assustado, criou estacas de madeira com um gesto, espetando os dois corpos antes de arremessá-los nas chamas. Finalmente, os corpos viraram cinzas.

— Prisão de Madeira!

Antecipando o perigo, Huo Ying criou uma enorme cela selada para prender as sombras cinzentas que emergiram dos cadáveres. Dentro da cela, ouviu-se um estalido ensurdecedor. Aproveitando o momento, Huo Ying aqueceu todas as pedras solares que carregava.

— GRRRR!

O mesmo rugido que ouvira antes ecoou novamente. Huo Ying cerrou os dentes com tanta força que suas gengivas sangraram. No instante seguinte, suas pernas fraquejaram, e ele caiu sentado, as pedras solares em seu colo reduzidas a pó.

Dessa vez, foi diferente. Antes, ele apenas ouvira o rugido. Agora, teve a nítida impressão de ter visto os olhos de uma fera. Ou melhor, não foi ele quem viu. Foi a criatura que o encarou.

Huo Ying limpou o nariz com a mão. O impacto na sua alma fora mais intenso, mas, surpreendentemente, não sangrava. Ao olhar para a palma da mão, congelou: uma marca, semelhante a uma pupila, havia surgido ali.

Ele respirou fundo. Aquela marca poderia ser perigosa, mas não havia tempo para preocupações. A aparição dos exilados e a iminente revolta dos zumbis deixavam claro: sem poder, ele não sobreviveria nem até amanhã. Um perigo incerto era o menor dos seus problemas.

Mesmo se tivesse outra chance, ele enfrentaria o impacto mental novamente, queimaria as sombras dos zumbis e absorveria energia para a Árvore Divina.

Uma sensação de formigamento percorreu seu corpo. Além de ganhar mais um fluxo de energia, Huo Ying sentiu seus músculos se fortalecerem. A exaustão de carregar peso, fugir e matar três pessoas desapareceu, substituída por uma vigor renovado. Era a euforia do corpo se adaptando ao poder, mas ele não se deixou levar. Concentrou-se na Árvore Divina em sua mente.

[Árvore Divina]

[Fase de Crescimento]

[Progresso: 62%]

[Bênçãos da Árvore: Chakra (fraco), Manipulação de Madeira (iniciante), Corpo Fortalecido (leve)]

Com o crescimento da árvore, suas bênçãos agora fortaleciam seu físico.

— O que será que muda quando a Árvore evoluir? — murmurou, olhando para a fábrica à distância antes de correr em direção a Liang Yao.

Era o apocalipse. Ele salvaria quem pudesse, mas não se sacrificaria por outros. Enfrentar seis inimigos sozinho era impossível, e ele não era tolo a ponto de tentar.

— Au au au!

De repente, Huo Ying parou. Latidos. O som vinha de outra direção, não da casa de Liang Yao, mas de um local mais distante.

— Liang Yao levou os exilados até os outros? — franziu a testa, mas mudou o rumo mesmo assim.

Se Liang Yao tivesse traído o povoado para salvar a própria pele, esta seria a última vez que ajudaria ela. No fim dos tempos, cada decisão era uma questão de vida ou morte. Quem não passasse no teste, ficaria para trás.

— Au au au!

O homem negro seguia o cão de caça, rastreando o cheiro de Zhang Yuqi. Mas, de repente, o animal começou a andar em círculos, confuso.

— Ela se escondeu aqui? — o homem olhou em volta. Só havia terreno vazio. Nada para se esconder.

— Será que ela usou algo para disfarçar o cheiro? — seu rosto se contorceu de raiva.

Ele gastara gasolina preciosa, perdera um subordinado e um cão. Se não encontrasse ninguém, teria saído no prejuízo.

http://portnovel.com/book/11/1809